SINOPSEUm dos maiores teóricos da atualidade, Zygmunt
Bauman completa 80 anos no dia 15 de novembro. A
festa no Brasil acontece com o lançamento de
Identidade, que volta a uma questão
central do pensamento do sociólogo em seus últimos
livros: no mundo de hoje, qual é o espaço do eu e
do outro? Qual é a medida da liberdade individual?
E do respeito ao próximo, com todas as suas
diferenças? É possível construir uma identidade
sem levar a alteridade – o outro – em conta? A
sobrevivência de um Estado-nação moderno pode se
afirmar na falência ou na negação de outros
estados?
Nessa entrevista que concedeu ao jornalista
italiano Benedetto Vecchi, Bauman mostra como a
identidade se tornou um conceito-chave para o
entendimento da vida social na era da "modernidade
líquida" – termo que ele cunhou para falar do
esgarçamento das relações na atualidade.
Segundo Bauman, à medida que nos deparamos com as
incertezas e as inseguranças da "modernidade
líquida", nossas identidades sociais, culturais,
profissionais, religiosas e sexuais sofrem um
processo de transformação contínua. Isso nos leva
a buscar relações transitórias e fugazes e faz com
que soframos as angústias inerentes a essa
situação.
A confusão atinge os valores, mas também as
relações afetivas: "Estar em movimento não é mais
uma escolha: agora se tornou um requisito
indispensável", afirma Bauman.
Identidade é um retrato da vida na
contemporaneidade.