Com o prazer de quem senta para uma conversa com amigos, encontramos nesse livro, mais que entrevistas, as confidências e idéias trocadas entre o repórter uruguaio Ernesto González Bermejo e o escritor argentino Julio Cortázar – amigos, companheiros de exílio e camaradas na militância da vida e do ofício de escrever.
Encontramos um longo e fascinante relato da feitura do livro
O Jogo da Amarelinha e do conto "O perseguidor" – as obras mais revolucionárias de Cortázar. Encontramos ainda suas impressões sobre o fantástico, os movimentos do tempo, a importância da música. Encontramos, enfim, um Cortázar terno, sólido e denso, que desejava viver tudo de forma absoluta.
“Esse trabalho não deu nenhum trabalho. Foi uma oportunidade privilegiada – que os leitores podem agora compartilhar – de conhecer de perto e um pouco por dentro um criador insatisfeito e perseverante, sempre derrotado e novamente sobre seus pés, fiel a um só compromisso: não ser sempre o mesmo.”
Ernesto González Bermejo
“Esse livro é uma porta aberta, uma janela escancarada: entre e converse com Julio Cortázar.”
Eric Nepomuceno